Clássico, no Engenhão, o Flamengo não perde. Clássico, o Fluminense não ganha. Mesmo muito desfalcado, e sem sua principal estrela, o Mengão, na garra e na raça, com participação decisiva do “Pollo” Bottinelli, que fez dois gols, virou a partida e venceu o Fla x Flu por 3x2.
O jogo foi ainda marcado pelas patéticas e vergonhosas atuações de Abel Braga, que mesmo expulso, se recusou a sair de campo, e dos jogadores do Fluminense, que peitaram o árbitro. Rafael Moura chegou a empurrar o frouxo soprador de apito, que não o expulsou. Agora a torcida tricolor, inflamada, protagoniza um episódio fatídico, de "chororô", para botafoguense nenhum botar defeito.
Na partida, o Fluminense começou melhor, mais organizado, graças a maestria de Deco no meio de campo. Perdido e desorganizado, o Flamengo errou muitos passes. Antes do fim da partida já eram mais de 53. O primeiro tempo, frio, terminou em 0x0, com uma boa chance para o Fluminense, que Rafael Moura desperdiçou, e uma bela jogada do Fla, em passe longo de Renato para Deivid, ganhar dos zagueiros tricolores e chutar, para defesa espalmada de Diego Cavalieri.
No 2º tempo o Flu voltou melhor ainda, com duas finalizações em menos de um minuto. O Fla continuava displicente, e Diego Maurício, mais do que os demais. Errando tudo, tanto no ataque, quanto na cobertura da defesa, permitiu que Maurício ganhasse a jogada e o zagueiro Leandro Euzébio cruzou para Rafael Sóbis, sozinho, de cabeça, abrir o placar.
Com a desvantagem no placar, Vanderlei Luxemburgo mexeu no time, sacou Deivid, Diego Maurício e Maldonado (que já tinha recebido um cartão amarelo), lançando Jael, Negueba e Bottinelli, e o Flamengo foi para cima do tricolor, mais na base da vontade do que com qualidade, e aos trancos e barrancos conseguiu o empate, com Thiago Neves (foto), aproveitando boa jogada de Negueba.
Mesmo assim, se melhorou lá na frente, piorou lá atrás, e Lanzini, que entrara no lugar de Deco, o melhor da partida, até então, fez 2x1, novamente de cabeça, novamente na 2ª trave, aproveitando cruzamento.
Mas o Flamengo tinha Bottinelli e Negueba. Negueba sofreu falta (que era até para cartão, que a fraca arbitragem não deu, mas há torcedores tricolores inconformados com a marcação). Thiago Neves discutiu com Bottinelli, mas o argentino bateu no peito e disse que esta ele iria chutar. Chutou, a bola bateu no travessão, nas costas do goleiro Diego Cavalieri e foi morrer no fundo das redes. O empate não bastava, e o “Pollo”, de fora da área, fintou um zagueiro tricolor, e bateu forte, sem chances para o goleiro tricolor. Virada, histórica. Se o Flu era melhor no jogo, Bottinelli mudou os rumos da partida.
Depois da virada, os tricolores perderam a cabeça, e sua torcida o bom senso. Primeiro foi o treinador Abel Braga, ABSURDO, que mesmo expulso, devido ao excesso de reclamações, se recusou a sair de campo (espero que o STJD lhe dê um belo “gancho”), depois, numa falta dura em que matou um contra ataque rubro negro, Souza, que havia entrado no 2º tempo, foi expulso, e aí o time do Fluminense foi para cima do árbitro. Rafael Moura empurrou o frouxo soprador de apito, Felipe Gomes da Silva, que sequer lhe deu um cartão amarelo, quando deveria tê-lo expulsado. Pelo contrário, empurrou o jogador de volta. Se eu sou o Rafael Moura, represento contra o árbitro por agressão. Partida encerrado em meio ao tumulto. Vitória histórica, heróica e de virada, para um Fla cheio de desfalques, que errou muito, mas que soube lutar até o fim, atingindo a 4ª colocação na tabela, com 47 potnos, a mesma pontuação do São Paulo (deveria estar a frente, fosse o critério de desempate confrontos diretos, como deveria ser).
Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/13977
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