domingo, 19 de dezembro de 2010

Tem Africano Campeão Mundial de Futebol.


Mas não é o Mazembe, time sensação desta última edição do Mundial Interclubes.
É Samuel Eto’o, o camaronês da Inter de Milão, que deu passe para o 1º gol, fez o 2º, nos 3x0 da Internazionale contra o time africano, e recebeu o premio de melhor jogador do torneio.

A Intenazionale afastou a zebra e garantiu o favoritismo, com belas atuações de Pandev, autor do 1º gol, e dos brasileiros Thiago Mota, Lúcio, Maicon e Júlio César e, é claro, do melhor jogador do Mundial, Samuel Eto’o.

O Mazembe, antes da partida, fez seu ritual, com todos os jogadores ajoelhados na linha de gol, uma das mais marcantes imagens deste Mundial Interclubes, ao lado das comemorações de seu goleiro, Kidiaba, quicando sentando, e da cara de retrosaliência humana de Celso Ruth, quando o Inter de Porto-Alegre perdeu a partida por 2x0 para a equipe congolesa, nas semi-finais.

Porém, a equipe mostrou suas deficiências, e, ao contrário do Internacional de Porto-Alegre, o Xará mais famoso, de Milão, mostrou sua superioridade, chegando aos 2x0 ainda no início do 1º tempo da partida, fácil e tranqüila. Sem fazer maiores esforços, a Inter chegou aos 3x0 no final 2º tempo, garantindo o resultado e 3º título mundial.

Menos mal para os torcedores colorados que nutriram desejos de vingança sobre a equipe do Mazembe. E o Inter ainda venceu a disputa pelo 3º lugar, colocação inédita entre equipes sul-americanas. Inédita, mas nunca antes desejada.

E, como dizem por ai. Em Abu NÃO DaBi.

Fonte da Imagem: http://www.inter.it/aas/img/139112.jpg

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Colorado de Absoluta Vergonha. Kidiaba Aconteceu?


Nunca antes na história do Mundo da Bola, houve uma final de Campeonato Mundial Interclubes que não tivessemos de um lado um time europeu, e do outro, um time Sul-Americano, disputando o título na final (com a exceção daquele Mundial da FIFA esquisito, vencido pelo Corinthians, no Maracanã).

Eis que hoje, o Mazembe, time do Congo (alguém sabe se o Congo, algum dia, foi a uma Copa do Mundo?), após surpreender o mundo, ao vencer o Pachuca do México, eliminou o Internacional de Porto-Alegre, por 2x0, gols de Kabangu e Kaluyituka, se tornando a primeira equipe africana (e mais, não européia ou sul-americana), a disputar uma final de Mundial Interclubes. Mas Kidiaba, o goleirão congolês, foi mais uma vez o nome da partida, tanto pelas defesas, como pela forma como comemora os gols (foto).

A torcida colorada não merecia tal vexame. O time até que dominou a partida mas foi incompetente. Desperdiçou as muitas chances de gols que produziu. Rafael Sobis perdeu duas chances. Giuliano mais uma. Tinga e Alcsandro também erraram suas finalizações.

Não pude assistir ao vivo. Estava trabalhando e até me esqueci da hora da partida, tanto trabalho que tinha, quando recebi um SMS da minha Rainha, com a notícia de que já estava 1x0 para o Mazemba e que a partida estava nos 30' do 2º tempo.

Mal acreditei na mensagem. Menos ainda quando vi, pela internet, já com o jogo terminado, que a partida terminou 2x0. Chegando em casa fui ver o VT e acreditei menos ainda. Como assim o INter perdeu, com todas aquelas chances e o time africano com tão poucas? Como assim o Celso Ruth escalou o time daquele jeito, mexeu mal, não pôs o Andrezinho, tirou o Tinga e o Sobis e ainda ficou com aquela cara de paspalho no final do jogo?

Definitivamente, não foi um ano para o Futebol Brasileiro. Apesar da Conquista da Libertadores, pelo próprio Inter, o vexame da eliminação precoce, contra um time africano, torna o ano Colorado uma piada e diminui o título continental.

O que aliás, a Comenbol já tratou de providenciar por ano seguinte, vide os grupos escalados e sorteados (cabeças de chave escalados), patra a próxima Libertadores.

Mas quem sou eu para criticar a Comenbol, quando aqui mesmo em Terra Brasilis a CBF faz pior. E torna o melhor time de todos os tempos, o Santos de Pelé, um "campeão de papel", ao equiparar seus títulos na Taça Brasil (uma espécie de Copa do Brasil), aos Campeonatos Brasileiros, sendo que estes só passaram a exitir a partir de 1971. E o Galo é o primeiro Campeão Brasileiro.

O pior é que tal equiparação não muda nada. Talvez um santista sem noção, que antes não se dizia octacampeão, provavelmente o fará. Um Palmerense pode seguir pela mesma linha, apesar de que, com a equiparação se torna Bi-campeão no mesmo ano (1967 em que ganhou o Robertão e a Taça de Prata). Estes, assim como os botafoguenses, nunca vi bradarem tais títulos como se fossem campeonatos brasileiros. No máximo clamarem que reconhecem as importancias de tais títulos, o que nunca foi negado.

Ao contrário dos Tricolores Cariocas, que num mesmo ano viraram bi-campeões, com uma distância de 40 anos entre cada um dos títulos. A conquista deste ano, e a equiparação do titulo da taça de prata, de ouro, de lata, seja lá o que for), de 1970. Somando-se ao título de 1984, de Romerito, Assis e Wasington (aquele que não perdia um monte de gols), eles seriam tricampeões. Não são. Mas antes mesmo da equiparação já se diziam serem. Há quem diga que são Tetra, contando com o "honroso" título da 3ª divisão de 1999. Aquele que valeu para em 2000 ignorarem a Segundona, catapultados por esta mesma CBF que so faz a Melhor Escolha Razoável Das Alternativas a ela dispostas. Ou seja...

Tal equiparação só diminui a importância, tanto do campeonato Brasileiro, em que todos os times, desde a primeira rodada do campeonato sabiam que se tratava de ser, aquele campeonato, um Brasileirão, como dos títulos conquistados antes de existir Campeonatos Brasileiros, que aliás, situam-se num período histórico chamado de "Era de Ouro do Futebol Brasileiro".

Antes que digam que o clamor da maioria dos clubes fez com que tal reconhecimento fosse admitido, apenas duas equipes realmente se locupletam de tal assalto à memória do futebol. E mesmo assim para mal. As outras equipes (perfazendo 6 no total, sobram 4), que são brindadas com títulos que lhe caem nos colos, ficam mais distantes, se considerada tal famigerada equiparação, dois ou um título a mais para se tornarem os maiorais do Brasileirão (claro, para quem considerar a equiparação como regra).

Enquanto, do outro lado, duas equipes, politicamente adversas a atual gestão da CBF (ou Confraria de Bufões Fabulistas), são mais uma vez neste mesmo ano, extremamente prejudicadas. Se considerarmos todos os campeões de Campeonatos Brasileiros, DEZ equipes são prejudicadas para que seis tenham equiparados os títulos antes que existissem os Brasileirões.

De qualquer forma, como se isso se fosse mudar alguma coisa. Sabemos que, na prática não muda nada.

Se pretendiam reparar injustiças, criaram outras. Agora, sobre os títulos do Santos de Pelé, que nunca foram de Campeonatos Brasileiros, com a equiparação, recairam observações. Estão equiparando o Santos de Pelé ao Sport Club do Recife. Ou seja, o Santos de Pelé é um campeão no tapetão. O Rei do Futebol não merece isso

Já o Botafogo do Garrincha não é um campeão de papel. Garrincha não estava no Botafogo de 68 que ganhou aquele campeonato com nome diferente.

Palhaçada! Aliás, este era o nome original do post. Mas aí veio a derrota do Inter no Mundial Interclubes.

Fim da polêmica? Nem por cima do meu cadáver!

Os campeões do Campeonato Brasileiro de Futebol são:

Flamengo: 6 Títulos - Primeiro Pentacampeão - 1980; 1982; 1983; 1987; 1992; e 2009.
São Paulo: 6 Títulos - Único Tricampeão em seqüência - 1977; 1986; 1991; 2006; 2007; e 2008.
Palmeiras: 4 Títulos - 1972; 1973; 1993; 1994.
Vasco da Gama: 4 Títulos - 1974; 1989; 1997; 2000.
Corinthians: 4 Títulos - 1990; 1998; 1999; 2005.
Internacional: 3 Títulos - 1975; 1976; 1979 (único invicto).
Grêmio: 2 Títulos - 1981 e 1996.
Santos: 2 Títulos - 2002 e 2004.
Fluminense: 2 Títulos - 1984 e 2010.
Atlético Mineiro: 1 Título - 1971.
Guarani: 1 Título - 1978.
Coritiba: 1 Título - 1985.
Bahia: 1 Título - 1988.
Botafogo: 1 título - 1995.
Atlético-PR: 1 Título - 2001.
Cruzeiro: 1 Título - 2005.


Fonte da Foto: http://www.clicrbs.com.br/esportes/rs/noticias/futebol-inter-mundial-2010,3141940,Goleiro-do-Mazembe-vira-atracao-no-Mundial-com-grandes-defesas-e-comemoracao-inusitada.html

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Para O Goiás, Apenas A Segunda Divisão.


O Goiás encerrou hoje a péssima temporada, perdendo por 3x1 (gol de Rafael Moura - foto), e com os 5x4 nos penaltis, foi derrotado na final da Copa Sul-Americana 2010. O Esmeraldino tinha a vantagem de dois gols, construída na partida em casa. Nâo foi o suficiente. Nos penaltis, deu Independiente.

O Luxemburgo disse:
"O Galo Não Caí". Não caiu.
"O Flamengo não cái." Não caiu.
"O Fla disputará Sul-Americana do ano que vem". E irá.

Não por competência dele, mas por incompetência de seus rivais. Vanderlei Luxemburgo, enquanto treinador, é um excelente profeta.

O Goiás, pela temporada, rebaixado à 2ª divisão do Brasileirão, não merecia ir à Libertadores 2011.
Mas, por ter eliminado Avaí, Grêmio, Peñarol, Palmeiras (qd parecia inviável), e até mesmo pelo que jogou hoje, poderia ter conseguido, com honras, esta vaga.

Durante um tempo até torci para que isso acontecesse. Mais para desmoralizar a Conmebol, que consegue ser pior do que a CBF, na (falta) gestão dos campeonatos sob sua tutela.

Melhor que os argentinos do Independiente tenham vencido a Sulamericana deste ano. Pelo menos a Libertadores fica melhor, com o Grêmio como um dos representantes brasileiros. O Grêmio merece, pela arrancada pós-Silas, sob a gestão do Renato Portaluppi. Se a troca de treinadores tivesse acontecido mais cedo, talvez o Grêmio teria disputado não apenas vaga para a Libertadores, mas o título do Brasileirão.

Com a derrota do Goiás, ainda caiu em nossos colos rubro-negros a vaguinha para a Sulamericana 2011, este campeonato mequetrefe que deveria ser disputado no mesmo calendário da Libertadores, assim como é na Europa com a Champions e a Europa League (ex- Copa da UEFA), acontecendo simultaneamente. E sem atrapalhar as copas nacionais.

Aos esmeraldinos, minha simpatia, a estupefação pela forma como os gols argentinos aconteceram (todos bizarros), e o reconhecimento de que o Verdão do Cerrado jogou melhor, apesar do placar.

Fonte da Foto: http://www.ole.com.ar/independiente/Noche-Copa-Avellaneda_5_386411360.html

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

E o Tricolor é Bi.


No último domingo, o Fluminense confirmou o favoritismo, vencendo o Guarani por 1x0, gol do (rubro-negro) Emerson Sheik e conquistou o título do Brasileirão 2010, 26 anos após sua primeira conquista em 1984.

Se o time de 1984 contava com o trio formado por Washington, Assis e o paraguaio Romerito, o de 2010 teve Fred, Emerson Sheik e Conca (foto). Mas contar mesmo, tanto o treinador Muricy Ramalho, como o torcedor tricolor, só puderam contar o tempo todo, ao longo do campeonato, com o argentino Dario Conca. Jogou as 38 partidas, assumiu a bracedeira de capitão durante as longas ausências de Fred e comandou o time, armando jogadas, dando passes para gols, fazendo gols (9), e até mesmo ajudando a defesa. O "Mogli" como costumamos chamá-lo parece incansável, é habilidoso e possui ótima técnica. Não à toa foi eleito o melhor jogador do campeonato tanto pela CBF no Prêmio Craque do Brasileirão 2010, como pela torcida (Craque da Galera, na mesma premiação), e ainda recebeu a Bola de Ouro da revista Placar.

Mas o Fluminense não foi só o Conca. O patrocinador investiu pesado e o clube contratou nomes de peso, como Deco, Belletti, Emerson Sheik e manteve a base do time de guerreiros que no ano passado livrou o tricolor de mais um rebaixamento, quando a chance de cair era de 98%. Fred era o o grande nome e capitão da equipe.

Contudo, tais jogadores passaram a maior parte do campeonato no departamento médico do clube (cujos integrantes caíram no meio do campeonato, após uma crise interna). Problema que certamente deu muitas dores de cabeça ao treinador Muricy Ramalho, talvez a melhor contratação do Fluminense para este ano, chegando, inclusive, a esnobar a convocação para a Seleção Brasileira. Melhor para o Tricolor das Laranjeiras. O treinador consegui lidar com as dificuldades. Sabe como poucos como comandar um time num campeonato de pontos corridos e chegou ao seu quarto título brasileiro.

Ao chegar na frente da tabela, na última rodada, bastava vencer para não se preocupar com os rivais. O Corinthians vinha em 2º, mas empatou em 1x1 com os reservas do rebaixado Goiás. Melhor para o Cruzeiro que ultrapassou o Timão ao vencer de virada o Palmeiras por 2x1. O gol de Emerson Sheik, após boa jogada de Carlinhos e cabeçada de Washington garantiu a 1ª colocação ao Flu e a torcida Tricolor, após duas frustrações recentes, coms os vices-campeonatos da Taça Libertadores e da Copa Sul-Americana, pôde enfim comemorar um título.

Parabéns Flusão Bi-Campeão!!

Fonta da Imagem: http://src.odiario.com/Imagem/2010/12/06/m_214145846.jpg