Enfim, Rock and Roll! And Metal Will Never Die!

Neste último domingo, dia 30 de agosto de 2009, aconteceu a premiação do 8º Festival Coletâneas de Bandas e dentre as centenas de participantes uma se destacou das demais.
Steely Heaven (foto).

Foram 6 as bandas vencedoras: SHAKRA (Rio de Janeiro); BELTRANOS (Rio de Janeiro); 8º ANDAR (Minas Gerais); RUMO (São Paulo); RG (Rio de Janeiro); além, é claro, da STEELY HEAVEN, também daqui, do Rio de Janeiro.

A Shakra, banda de Reggae, embora não seja meu estilo, fez bonito, soando muitas vezes como o Rappa. A 8º Andar, mineira, não podia deixar de se assemelhar aos conterrâneos do Jota Quest. A paulista de Campinas Rumo, essa, bem, precisa encontrar algum rumo. Foi sofrível. A RG tem um som legal, misturando a pegada do Barão Vermelho com o balanço do Paralamas. Fez um som interessante, se não fosse, talvez, pelo vocal, meio lugar comum se comparado com as bandas da atualidade que tocam em rádio.

Tivemos também os “Os Beltranos”. Caramba... Um frontman espalhafatoso, showman, com cartola, casaco, lenço preso no pedestal do microfone. Postura que mescla Steven Tyler (Aerosmith), com Axl Rose (Guns N’ Rose) e jeitão de Roger Rocha (Ultrage à Rigor). Aliás, a semelhança física com o roqueiro são-paulino é impressionante. A banda toca o bom e velho roquerow, cru e nu, e nos trás pérolas como a versão “hard” para o clássico da MPB “Carinhoso” (Meu coração... Não sei por quê... Bate feliz... Quando te vê...). Além das composições próprias, como Maldita e Opala Preto. Lembra Matanza e Velhas Virgens. Divertido, esculachado, muito maneiro, muito Phoda!

Mas, no templo sagrado do Rock N’ Roll, com Carrão Conversível em cima do bar, guitarras e vestuários de astros do rock pendurados na parede, o prato principal foi o Steely Heaven.

A banda carioca de Heavy Metal entrou mostrando o peso do seu novo trabalho (o álbum “Far Beyond Heaven...Right Before Hell”, com os petardos Battle of Angels e Last Cry. Fortes, potentes, empolgantes. Mostra as qualidades e virtuosismos das guitarras, o baixo empurrando a banda e a galera, enquanto o vocalista, Bernardo Lepore, além de atingir com precisão tanto as notas mais agudas, como os mais fortes graves, tem um carisma diferenciado, próprio dos bons vocalista que certamente o inspiraram, tais como Bruce Dickinson (Iron Maiden), Eric Adams (Manowar), e, porque não dizer, André Mattos (Angra, Shaman).
E não parou por aí... Outras influências da banda se revelaram, com a excelente versão de Enter Sandman, do Matallica, com direito ao finalzinho de One, como incidental.
Cabelos ao vento, Headbangers felizes, hora da banda mostrar versatilidade com a complexa e magnífica “R.I.P.”, música com mudança de ritmos e estilos, lembrando os bons tempos de Progressive Metal (sem a chatice do Dream Theatre). Bernardo Lepore explora suas qualidades no vocal, enquanto um dos guitarristas, e fundador da banda, Robb St, demonstra suas habilidades no teclado. E pra terminar, uma ode ao heavy metal: “Metal Will Never Die”, ou, tão somente “M.N.W.D”. E com uma surpresa. A banda chama ao palco o vocalista anterior, Rodrigo Simes para junto revezar os vocais.
Impossível não compará-lo ao lendário Ronnie James Dio, tanto pela estatura, como pela performance. Final apoteótico para uma banda que pode e, espero, dará muito ainda o que falar, e principalmente, o que ouvirmos. Com certeza não sai do meu MP3 List, embora, nos palcos, seja muito melhor.

Long Live, Rock N’ Roll...
Metal Will Never Die!!!

Fonte da Foto: Vivi Viegas