quinta-feira, 24 de setembro de 2009

25ª Rodada do Brasileirão – Mais uma que só acaba numa quarta-feira.



A base do futebol carioca volta a ser o Flamengo e o Vasco. Tirando o Fla, e o Vasco (por enquanto, 25º melhor clube brasileiro), lá vai o Rio, descendo a ladeira.

O Flamengo, melhor do Rio, no Estado, e fora dele, tenta alcançar os líderes do Brasileirão 2009. O Vasco praticamente “carimbou seu passaporte” para retornar à elite do futebol Brasileiro. Enquanto isso, o Botafogo segue ainda no inferno, mas com o pé no purgatório. Já o Fluminense encontra-se à espera de um milagre.

Que o Vasco voltaria para a Elite do futebol nacional, ninguém tinha dúvidas. Sobem 4 times e o Vasco teima em ser vice. Por enquanto é líder da Série B, mas, até o final do campeonato, ainda há tempo para comprovar sua real vocação.

Quem despertou tarde (demais talvez), para cumprir com o papel que lhe é esperado, foi o Flamengo. Linda vitórias por 3X0, em casa, contra adversários que, embora sempre, em qualquer momento da história do futebol Brasileiro, lhe fossem inferiores, já lhe fizeram estragos, causaram embaraços e proporcionaram vexames, como as derrotas, no 1º turno desta competição, inclusive, para o Sport Club Recife, na Ilha do Retiro, por 4x2, de virada, com os 4 gols feitos pelo adversário em 8 ou 9 minutos, ou o humilhante 5x0 face o Coritiba na cidade de Curitiba (há uma curiosidade sobre esta diferença de grafismos que conheço, entre o nome da cidade e do clube, mas que em outra hora comento), ambas as equipes vítimas do “novo” Mengão, que em casa tem se mostrado avassalador, ganhando de todos que o enfrentam, pelo placar de 3x0, não mais não menos. Até mudaria meu telefone para 3000-3030, mas ainda tenho a esperança de ver um número melhor neste prefixo.

Não há como Flamenguista nenhum, eu inclusive, não se empolgar com as belíssimas atuações de Petkovic e Adriano, dupla que demorou pra se afinar, cada um em si próprio, e, que depois, rapidamente, se afinaram, um com o outro.

Contudo, o maior mérito, nestes 4 jogos do “Mais Querido”, sem derrotas e sem sofrer gols, se deve também às entradas de Álvaro e Maldonado, que acertaram o sistema defensivo. Até Williams, que amargou um tempinho no banco (por ter feito caquinha em mampo), voltou melhor e fez gol quando entrou. O que me irrita é que talvez seja tarde demais, dentro deste campeonato, para o time ter despertado. O Fla, com 37 pontos, tem o mesmo n.º de pontos que o Avaí, e está na 8ª posição, a cinco pontos do Goiás, o 4º colocado, e 10 pontos atrás do líder, Palmeiras.

O nosso rival do antigo clássico das multidões (em jogos contra outros clubes, um jogando a “matiné”, no sábado, o outro no jogo principal, no domingo, é claro), venceu a disputa entre o público pagante no Maraca nesta rodada, feito que, provavelmente, “nunca antes na história deste país” deve ter acontecido. O mais importante é que a “Nau Portuguesa”, hoje capitaneada pelo seu maior ídolo, Roberto Dinamite, está fazendo aquilo que dela se espera, para que retorne ao lugar de onde jamais deveria ter saído. Com 52 pontos, em 25 jogos, 6 pontos na frente do vice-líder e 12 à frente do 5º colocado, está agora em ritmo de marola, esperando chegar à terra firme.

O Botafogo tem um bom time. Nem ruim, nem excelente, mas bom. Deveria estar posições acima na tabela do campeonato. Nem tanto pela teoria conspiratória que, hoje, toma de assalto parte da mídia (sensacionalista?), que sempre coloca os "Chorões" em posição de reclamar de arbitragens. Vide os dois gols no jogo contra o Fla e o gol de mão, de André Lima, contra o Corinthians, em que o alvinegro carioca foi favorecido.
Mas, que os torcedores do Botafogo podem reclamar de azar, isso sim podem. E sempre reclamam, ou choram mesmo. Espero que não tenham motivos para chorar por mais um descenso. Desta vez nem eles, nem o time, merecem. Venceram hoje, pela Sul-Americana. Copa caça-níqueis, fora de hora (deveria ser a versão sul-americana da Copa da UEFA, agora com novo nome, UEFA Europa League). Antes estivesse focado no Brasileirão.

Já o Fluminense... Como mostra a tabela, é o último colocado, apenas 18 pontos em 25 jogos, 3 vitórias contra 13 derrotas, e a missão hercúlea de fazer, pelo menos, 27 pontos em 39 possíveis para continuar sonhando com a permanência na elite do futebol nacional. Isso para um time que mesmo saindo na frente, contra um adversário patético, como o Aliança Atlético, do Peru, permite a virada e, somente em mais um momento mágico, milagroso, do melhor artista da companhia “Flumimede Futebol e Coração”, o argentino Conca, de falta, chegou ao empate. Pelo menos o vexame de perder para uma equipe que consegue a proeza de ter uma defesa pior do que a sua, o Fluminense conseguiu evitar. Mas, será que gastou a cota de milagres?


E o Ducão? O Duque de Caxias também vai mal das pernas, mas aos trancos e barrancos consegue se manter acima da linha de corte, embora perigosamente próximo à zona de rebaixamento, com 30 pontos, apenas dois acima do primeiro candidato ao rebaixamento, o América de Natal, com 28. Deste jeito, nem teremos novamente 4 clubes do Rio na primeira divisão e talvez nem mesmo dois cariocas na segundona. A não ser que o Botafogo continue imerso na maré de azar que tanto lhe é comum.

Sinceramente, espero que ver o futebol do Rio tão forte quanto foi outrora, com nossos clubes disputando sempre o título e nossas torcidas sacaneando umas às outras pelas grandes vitórias em disputas ao título de melhor time do país, quiçá da América, do mundo, ao invés de ficarmos zoando os rebaixados.


Enquanto isso, no Brasileirão 2009 (com o "plus" da rodada da Sulamericana):

São Paulo empatou, com o Santo André, desperdiçando a chance de pular pra dianteira.
Inter perdeu para o Vitória e, embora se mantenha na briga, patinou mais uma vez. E hoje não passou de um empate chorado, contra o Universidade do Chile em casa (aproveita Mengo, se eles sangram, podem morrer).
Corinthians fez vexame em casa e praticamente deu adeus à luta pelo título.
Em jogo que trouxe de volta à briga o inconstante time do Goiás, do não menos inconstante treinador, Hélio dos Anjos.
Avaí voltou a vencer. Como teria de acontecer.
E o Grêmio, no Olímpico manteve a escrita e fez o que quis contra o lanterna do campeonato, “aquele time maneiro, que não faz mal a ninguém.”

Já o Palmeiras venceu o Cruzeiro, em pleno Mineirão,por 2x1, em jogo feio, que de futebol só apresentou os 10 primeiros minutos de partida e o lance do gol do Vagner Love (também no início, só que do segundo tempo). De resto, esquema esquisito do Adilson Batista. Substituição (prematura), do Gladiador Kléber (injustamente) vaiado pela torcida cruzeirense, corretamente (no sentido de timing) aplaudido pela pequena, mas barulhenta, torcida palmeirense presente ao Mineirão, e acertos táticos do “Professor-Tri-Campeão”, Murici Ramalho, que, com o placar favorável, fora-de-casa, e com um a menos, em campo, lotou a defesa e só deixou a Raposa cercar o “chiqueiro”, mas sem deixar que ela vitimasse o “Porco”. Pra quem fechava uma “granja”, tornar um “chiqueiro” intransponível é pinto. Verdão, líder absoluto, com 47 pontos.

E já que ninguém comentou o meu trabalho de “futurologia” para a 25ª rodada , entendo que estou desobrigado a dar explicações sobre os meus prognósticos.

2 comentários:

  1. Jogo feio?? Jura que achou feio? Acho que foi minha parte emocional envolvida então... eu achei um jogão!!! Vitória pra ser campeão no final dos pontos corridos, mesmo o cruzeiro não sendo adversário na disputa... eram 3 pontos dificeis de conseguir...
    Bem, eu não consegui desviar o olhar um minuto do jogo e achei ele bem emocionante (principalmente pq fomos massacrados pelo cruzeiro que ainda bem não conseguiu marcar)..

    PS: deixo aqui meu registro de que acho que foi penalti o último lance do jogo... o Figueroa fez penalti no cara do cruzeiro sim... o juiz foi frouxo de não marcar...

    PS2: Acho que a cotovelada do Kleber foi involuntária (o cara eh um imbecil mas acho que não teve dolo desta vez), tomara que o Wendel não tenha fraturado a mandibula como se suspeita...

    ResponderExcluir
  2. Concordo que foi penalti, o árbitro foi no mínimo frouxo, tanto que já foi punido por isso, assim como a cotovelada do Kléber, totalmente involuntária.

    Mas o jogo foi bem fraco, bem ruim. COm exceção dos 10 primeiros minutos, eletrizantes.
    E da jogada do gol da vitória do Vagner Love. No mais, foi uma pasmaceira de dar sono.

    ResponderExcluir