sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Todos pelo Grêmio, e o Grêmio por nenhum.


O Grêmio não conseguiu impor a força do maior ataque, nem da melhor campanha jogando em casa, e empatou, em pleno Olímpico, contra um São Paulo que continua jogando mal na frente, mas, confirmando a condição de melhor defesa, jogando muito bem atrás. E, desde os 37 minutos do segundo tempo, jogando com menos dois. Ainda deu tempo para terminar a partida com menos três jogadores.

Justamente os atacantes, Borges, que acabara de entrar no lugar do inoperante Washington, e Dagoberto foram expulsos, ambos por faltas imbecis, desnecessárias e no meio de campo contra o Túlio, ex-Botafogo. Jean, já nos acréscimos da partida fez falta para impedir jogada de perigo, de Souza, e levou o segundo amarelo, sendo igualmente expulso.

Prova de que, nem o Grêmio realmente merecia a vitória, Nem o São Paulo merece estar no lugar onde se encontra na tabela, na liderança provisória, aguardando os resultados da rodada. Que deveria somente ocorrer no final de semana, mas, por conta da imposição da TV Globo, adiantaram a partida entre os tricolores, que terminou em 1x1, gols de Rafael Marques para os gaúchos e de Dagoberto, para os paulistas.

O que me faz pensar na tal polêmica sobre o Calendário da CBF. Tem que ser mudado, tem que se impor sobre os interesses televisivos. Mas não necessariamente da forma como se vem aventando, como por exemplo, igualando-se ao formato de calendário usado na Europa.

Não faz sentido que, aqui no Brasil, o campeonato se inicie em agosto e termine em maio, ou junho. Lá faz sentido. As férias na Europa são primordialmente no verão. Há uma parada durante as festas de fim de ano, pico do inverno deles, quando aqui é o pico do verão, portanto, impensável jogar uma partida de futebol às 15h de um domingo de alto dezembro, ou de janeiro, aos 44º graus à sombra. Pelo contrário, julho não é um mês problemático para partidas de futebol no Brasil. E ainda temos que encaixar os Campeonatos Estaduais neste calendário, coisa que nas terras de lá não existe.

Entretanto, há algo boas práticas no calendário da Europa que podemos copiar.
Primeiro, sobre a nossa própria Copa do Brasil. Nas grandes ligas européias, as Copas ocorrem concomitantemente com o campeonato nacional. Aqui não ocorre. E enquanto na Europa um time pode ser campeão da Liga, da Copa e da Champions, aqui isto não é possível.

Na nossa tríplice coroa, o que vale aqui é o estadual. Então a primeira mudança seria a Copa do Brasil ocorrer junto com o Campeonato Nacional. A Copa no meio de semana, o Campeonato nos finais de semana. Com a vantagem de não haver, no início do Brasileirão, um time já garantido na Libertadores. Ou seja, mais competitividade no próprio Brasileirão e na Copa do Brasil, que passaria a contar com a presença de todos os principais times do país.

A Segunda mudança seria em relação à famigerada Copa Sul-Americana. Ele tem que ocorrer junto com a Libertadores, assim como é a Europa Legue (antiga Copa da UEFA), em relação à UEFA Champions League.

A terceira mudança seria quanto aos critérios de desempate no Brasileirão. Deve se privilegiar o confronto direto. Creio ser injusto um time empatar em pontos com outro, não ter vencido este outro time, e ainda assim ser campeão porque venceu mais, ou fez mais gols ao longo do campeonato.

E, por fim, a menos que os clubes façam um acerto entre si, não sofram prejuízos, ou desfalques no time, NÃO deve haver partidas oficiais de clubes brasileiros em datas FIFA.

Se pensarmos mais, novas idéias poderão surgir, mas, creio que estas quatro alterações resolveriam grande parte dos problemas que hoje ocorrem no nosso futebol.

Fonte da foto: http://www.saopaulofc.net/v4/noticias2NOVO2.asp?PLC_map_001_c=02.01&PLC_cng_ukey=40122000002DJ42DGZ

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